terça-feira, 31 de março de 2009

A influência do computador nas redações jornalísticas

"No espaço físico das redações a tecnologia introduziu limpeza – desapareceram as centenas de laudas amassadas no chão, sumiram as caixas de papel carbono para as cópias necessárias para a linha de produção. Até mesmo o cafezinho e o cigarro se renderam à tecnologia, uma vez que os terminais ficam prejudicados com farelos e ambientes poluídos. Mudou também a iluminação e a temperatura do ar. Se antes do computador era inimaginável uma redação com ar condicionado e persiana nas janelas, hoje isso é rotina e já está incorporado ao dia-a-dia.

Mas, sem dúvida nenhuma, é na linha de produção de um jornal ou revista que se percebem as mudanças mais óbvias: o diagramador, que antes não vivia sem a régua de paicas, as cartelas de letras set e a caneta nanquim, aderiu aos softwares de edição de texto e trabalha com precisão. A mesma sorte não tiveram os revisores e copy-desks que, simplesmente, um a um, foram desaparecendo da redação. Avaliar se o jornal ficou melhor ou pior sem esses dois profissionais, numa linha de produção ordenada, é tarefa que cabe a nós jornalistas, como profissionais e categoria laboral, fazer."


texto retirado de: 'Jornalismo e tecnologias: pioneirismo e contradições', da pesquisadora Maria José Baldessar.

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