terça-feira, 31 de março de 2009

CD - Origem e evolução


CD é a abreviação de Compact Disc (em inglês) ou Disco Compacto. O dispositivo foi inventado em 1965 por James T. Russell. Sua paixão pela música foi a responsável pelo seu empenho na criação do CD, pois assim como todos de sua época, não se agradavam com a qualidade do som do vinil, com isso, ele pensou em criar algo de maior tecnologia. Sua experiência na empresa General Electric (que na altura contava com uma linha de gira-discos no seu vasto rol de produtos) levou-o a procurar formas de melhorar o som gerado pelos discos de vinil. A sua primeira idéia consistiu em utilizar uma fina agulha de cacto como cabeça de leitura, mas a constante necessidade de afiá-la inviabilizava o conceito.
Depois de alguns anos de trabalho, inventou o primeiro sistema de gravar e tocar de digital-para-ótico (patenteado em 1970). Russell conseguiu gravar em uma placa de plástico sensível a luz que eram sensíveis a pequenos “bits” de claridade e escuridão, cada um com um micro diâmetro, um laser lia os dados binários, e o computador converteu em dados para serem lidos. Nos anos 70, Russel continuou a refinar o CD-ROM, adaptando para todo tipo de dados.
Na mesma época, os físicos holandeses Klaas Compaan e Piet Kramer iniciaram a investigação de um sistema para a gravação de imagens holográficas em disco. Em colaboração com Lou Ottens, da empresa Philips e co-inventor da cassete de áudio, acordaram na utilização de um disco de policarbonato para esse efeito, patenteando-o em 1979. Uma vez que os japoneses da Sony estavam mais avançados no estudo do áudio digital, as duas companhias estabeleceram uma parceria que lhes permitiu definir um novo padrão: o Disco Compacto.
A colaboração terminou em 1981, mas o ano seguinte ficou gravado na História com o aparecimento dos primeiros leitores de CD e do primeiro álbum de música em formato digital: "52nd Street", de Billy Joel.
A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos Compact Discs prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil serem considerados obsoletos (mas ainda hoje, para muitas pessoas, o vinil continua firme em suas predileções visto que nos discos deste tipo o áudio é gravado como verdadeiramente é, enquanto que nos CDs o quê se escuta é apenas uma amostragem, ainda que a uma taxa bem alta, do som original). Com a banalização dos discos compactos, a consecutiva banalização de gravadores de CDs permitiu a qualquer utilizador de PC gravar os seus próprios CDs, tornando este meio um sério substituto a outros dispositivos de backup.
O CD, além de substituir vinil e cassete no universo musical, também expulsou os disquetes dos computadores, pois um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 487 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1,44 MB), com muito maior fidelidade. Os disquetes também danificavam ou corrompiam mais facilmente. A exposição ao calor, frio e até mesmo a proximidade a aparelhos com campo magnético como celulares comprometiam a durabilidade desse dispositivo.
Hoje é o CD que vem perdendo seu espaço. Novas mídias como o DVD, o Blu-ray, o MP3, o Pen Drive ganham cada vez mais adeptos no mercado, ainda assim o CD é um dos mais populares meios de armazenamento de dados digitais, principalmente de música comercializada e software de computador (CD-ROM). A tecnologia utilizada nos CDs é semelhante à dos DVDs.
A mídia possui 12 cm de diâmetro, é composta por uma base plástica e uma superfície reflexiva como alumínio ou platina, além de uma camada de verniz ser aplicada para protegê-la. CDs regraváveis utilizam substância diferente e patenteada, a diferença entre um CD-RW (regravável) e um CD-R (virgem) é justamente a capacidade de apagar e reescrever conteúdos no primeiro. A gravação e a leitura do CD se dão graças a uma substância orgânica que é queimada pelo laser produzindo ranhuras conhecidas como pit e lands, transições estas que são interpretados como bits.
Uma das maiores curiosidades sobre a invenção do CD é que James Russell, por muitos hoje considerado pai do CD, nunca recebeu qualquer dividendo financeiro pelo seu trabalho pioneiro.


Referências


- http://pt.wikipedia.org/wiki/Compact_disc

- http://www.ic.unicamp.br/~rodolfo/Cursos/mc722/2s2008/Trabalho/g02_apresentacao.pdf

- http://www.newtonbragarosa.com.br/conquista-detalhes.php?id=915

- http://www.maxideia.com/pt_pt/maxcontent/documento/10121/edicoes-dicionario-digital/sabia-como-nasceu-o-cd-audio/


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